terça-feira, 31 de maio de 2016

SAN ANDRÉS E CARTAGENA DE ÍNDIAS NA COLÔMBIA

Playa de San Luis em San Andrés
Já tínhamos ouvido falar muito a respeito da ilha de San Andrés e de suas belas praias. Alguns amigos nossos foram passear por lá e adoraram, falaram maravilhas sobre a beleza do mar e da receptividade dos nativos, além da facilidade de se locomover pela pequena ilha. Situada a 700 km da costa Colombiana e com apenas 26 Km2 de extensão, a paradisíaca San Andrés se destaca no mar do Caribe. Tornou-se famosa pela condição de zona franca, o que vem despertando o interesse para compras de importados, com destaque para bebidas, eletrônicos e perfumes encontrados nas lojas do centro comercial e no calçadão onde estão as mais luxuosas lojas da cidade. Nos alertaram para a existência de produtos falsificados, mas compramos apenas algumas lembrancinhas, o que impossibilitou essa constatação. 


O famoso mar das 7 cores visto do mirante Grace Hill
Para quem gosta de sol e de praia,  a ilha oferece mar calmo, areia branquinha e uma boa estrutura de hotéis e restaurantes. A população ultrapassa os 77 mil habitantes, que falam basicamente o espanhol e um idioma estranho chamado papeamento, um misto de inglês, espanhol, francês e português.
Planejamento: O primeiro passo foi  buscar as passagens que estavam com bons preços. Resolvemos, ainda, incluir Cartagena, que ultimamente tem se destacado como local de turismo barato. Fizemos um roteiro de 3 dias em San Andrés e 3 dias em Cartagena. Apesar disso, o tempo não foi suficiente em nenhuma das duas cidades, a meu ver o ideal é pelo menos 5 dias em cada uma delas. Em San Andrés, não tivemos tempo de conhecer Johnny Cay e em Cartagena faltou tempo para conhecermos a Islas del Rosário. Mas isto também é uma estratégia para retornar.  

Vista do Hotel Hampton em Cartagena
Hospedagem: Após consultar opções de hospedagem nos sites TrivagoHotéis.com e Booking.com., passei os dados para nosso agente de viagem Paulo da AeT Turismo que sempre nos assessora. Ele reservou o Hotel On Vacation Blue em San Andrés, um all inclusive,  e o Hampton by Hylton em Cartagena, 4 estrelas, excelente, pertinho da praia e restaurantes.

Transportes: Resolvemos não alugar carro em nenhum dos dois lugares. Em San Andrés, alugamos um carrinho de golfe por US 40 dólares por dia, sendo possível  conhecer todos os pontos turísticos num mesmo dia. Em Cartagena, usamos apenas táxi, que tem ótimos preços.

Clima: Visitando o site do Climatempo verificamos que o clima é estável durante o ano todo, e a temperatura de calor do Caribe costuma se manter entre 28ºC e 30ºC, tanto em San Andrés como em Cartagena.
Cuidados necessários: Não deixe de fazer o seguro de viagem, pois pode garantir a tranquilidade no caso de algum problema de saúde. Muito protetor solar, repelente, chapéu e óculos de sol são imprescindíveis. Se gosta de mergulhar leve snorkel e um sapatinho para proteger os pés dos corais. E prepare-se para tirar muitas e muitas fotos. Vale a pena.

Abaixo nosso roteiro: 
Playa Rocky Kay em San Andrés
Dia 01 - Saímos de Brasília de madrugada pelo voo da Copa para San Andrés, com escala no Panamá. No avião são entregues formulários que devem ser preenchidos antes de chegar a ilha, bem como pagar o equivalente a 25 dólares por pessoa como taxa de preservação ambiental. Chegamos a San Andrés por volta das 14 horas, nosso pacote incluía o traslado para o hotel On Vacation Blue Tone, mas para nossa surpresa o check in no hotel era apenas a partir das 17 hs. Não entendemos o porquê, mas nos ofereceram para guardar nossas malas para podermos ir conhecer a praia. O calor era quase insuportável, nos trocamos e fomos para o mar, bem em frente ao hotel. Retornamos no horário combinado e ainda assim, nossas acomodações ainda não estavam liberadas. Finalmente às 18 horas, conseguimos nossos quartos e verificamos que apesar dos quartos serem grandes com vista para o mar, não haviam toalhas disponíveis e nem água quente para o banho. Depois de muita insistência conseguimos as toalhas, tomamos banho e fomos jantar. O sistema do hotel é all inclusive, mas não se iludam, não é dos melhores. A cerveja chamada Van Pur, era intragável e servida quente, com gelo. Os sucos não eram naturais e os drinks apenas razoáveis. As refeições eram compostas apenas de arroz, feijão, salada, carne e uma sobremesa. Apenas o café da manhã era bem servido. A grande vantagem do hotel é a sua localização privilegiada, na praia Spratt Bight e o preço razoável. O local é paradisíaco, a areia branquinha, o mar transparente e quente para nossa surpresa.

Carrinho de golfe
Dia 02  - Após o café da manhã, fomos alugar um carrinho de golfe para conhecermos a ilha. Havíamos lido em alguns blogs que essa seria a melhor opção. Pagamos cerca de 130.000 pesos colombianos ou o equivalente a 45 dólares e cabem 4 pessoas. Pegamos um pequeno mapa e marcarmos alguns pontos de interesse. Começamos pelo Morgan's Cave, uma espécie de parque temático sobre o famoso pirata. Resolvemos não entrar porque a maioria das avaliações lidas em outros blogs era de que não valia a pena. A atração é paga, cerca de 15000 pesos colombianos ou o equivalente a 5 dólares. Seguimos para La Piscinita, um local para mergulhar e fotografar peixes. Não esqueça o snorkel e os sapatinhos para proteger os pés, dizem que para evitar pisar em ouriços. Em seguida, fomos para a Playa San Luis, praia com muitas pedras, bonita, mas não é boa para nadar.  Em alguns pontos é possível mergulhar com snorkel, pois tem muitos corais, o que possibilita observar os peixes. Paramos para almoçar ao norte do ilha, num hotel chamado Cocoplum, em Rocky Cay, um restaurante na praia, muito bonito, pudemos entrar no mar e almoçar com um dos mais belos visuais que já tivemos oportunidade de conhecer. Apesar de não ser exatamente barato, cerca de 70 dólares o casal, valeu a pena. Seguimos para o Blow Hole ou Hoyo Soplador, um local onde as ondas batem e formam um chafariz, mas não tivemos sorte, pois a maré estava baixa. Local bom para comprar lembrancinhas locais. Seguimos para um mirante em Grace Hill, bom para tirar fotografias. Voltamos e devolvemos o carrinho. Passamos um dia muito agradável. Mas, cuidado, capriche no protetor solar, pois o sol é escaldante.

Entrada da Cidade Amuralhada em Cartagena
Dia 03 - Fomos conhecer o comércio local e fizemos algumas compras. Voltamos para o hotel, já nos preparando para ir embora, mas ficou a vontade de ficar mais alguns dias. Uma hora depois de deixar o paraíso para trás, chegamos a  Cartagena. O nosso pacote incluía o traslado para o Hotel Hampton by Hilton, localizado no bairro Bocagrande. Excelente escolha em Cartagena de Índias, hotel novo e moderno com ótima localização, perto de restaurantes, lojas, bares, shoppings e cinemas. Café da manhã muito bom com omeletes preparados na hora, além de diversas frutas. Após o check in fomos jantar no excelente Carbon de Palo, restaurante no estilo argentino, com bifes chorizos, servidos com batata assada com queijo e molhos chimichuri e picante. E pela primeira vez desde que chegamos na Colômbia, conseguimos tomar uma cerveja gelada, a tradicional Áquila.


Por do Sol visto do Café del Mar
Dia 04 - Contratamos um city tour para conhecer um pouco de Cartagena, principalmente a Cidade Amuralhada, que é o coração da cidade. A muralha foi construída como forma de proteger Cartagena dos ataques que sofria, pois muitos piratas a invadiam. Com os anos acabaram-se os ataques e para atender o desenvolvimento da cidade foram feitos caminhos entre os muros para atravessar a cidade, porém o charme do muro para proteger a cidade permanece até hoje. Fizemos um tour a pé com um guia local por toda cidade, onde ele nos explicava cada detalhe, a Catedral, o Palácio da Inquisição, a Igreja de San Pedro Claver e sua praça, o Parque Bolívar e a Torre do Relógio - construída como entrada principal da muralha e de quebra o Portal dos Doces, com uma variedade incrível de doces típicos colombianos.  Não é a toa que a cidade foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Os passeios em carruagens são atrações à parte. O único inconveniente são os vendedores ambulantes que exageram no oferecimento de seus produtos, mas é só agradecer e seguir em frente. Durante o passeio, resolvemos conhecer um dos restaurantes indicado no Tripadvisor, o La Mulata, excelente cozinha colombiana com preço razoável, vale a pena. À tarde, fomos ao Café del Mar, que fica exatamente em cima da muralha que cerca Cartagena e tem um visual incrível para o mar, para ver o lindo por do sol. O preço é um pouco salgado, mas a vista é deslumbrante. À noite, fomos jantar no Restaurante Palenquera's, perto no nosso hotel, apenas razoável. 

Playa Blanca na Ilha Baru

Dia  05 - Fomos conhecer a famosa Playa Blanca, localizada na Ilha Baru, que fica a apenas uma hora de ônibus de Cartagena.  Pagamos cerca de 25 dólares por pessoa. Apesar de a praia ser lindíssima com água cristalina e areia branquinha, a estrutura no local é bastante precária, o almoço incluso no pacote, foi apenas razoável. Voltamos no final da tarde e fomos jantar no próprio hotel, no excelente Kokoricó, que como o nome indica serve apenas frango grelhado com batatas fritas, mas é uma delícia e bem baratinho. 


Dia 06 -  Reservamos o dia para fazer compras, já que embarcaríamos no navio Monarch da Pullmantur, para um cruzeiro pelo Caribe às 17 horas. Como teríamos que deixar o hotel às 13 horas, os funcionários ofereceram gentilmente para guardar nossas malas até o horário do nosso traslado para o porto. Finalmente, no fim do dia embarcamos no navio e deixamos para trás essa incrível cidade, que esperamos retornar em breve.
A aventura do nosso Cruzeiro será relatado em post próximo.

Obs: As fotos utilizados são de autoria própria e todos os direitos são reservados. 






quarta-feira, 11 de maio de 2016

CRUZEIRO AO FIM DO MUNDO - SANTOS A SANTIAGO

Cruzeiro no Rhapsody of the Seas
Escolhido a dedo para comemorar o aniversário da nossa companheira de viagem, Demarci, o cruzeiro que circundaria o Cabo Horn trabalhou com nosso imaginário, a visão de geleiras, animais exóticos, pareceu-nos uma aventura um pouco radical, mas sensacional. O cabo Horn é o ponto mais meridional da América do Sul, se se excluírem as Ilhas Geórgia do Sul e as Ilhas Diego Ramírez. Encontra-se na Ilha de Hornos, arquipélago da Terra do Fogo, na porção pertencente ao Chile. Até a abertura do canal do Panamá, era passagem obrigatória da rota dos navios que viajavam ao redor do globo, indo para a costa oeste dos Estados Unidos, China, Índia e toda a Ásia. As condições de navegação ao redor do Cabo costumam ser particularmente severas, com fortes ventos, constituindo um marco para navegantes de todos os tipos, até nos dias atuais.
 
Saindo do Porto de Santos
Antes de embarcar: procure comprar a passagem aérea de modo a chegar no dia anterior a sua partida e hospede-se, preferencialmente, em um hotel perto do Porto para facilitar seu traslado. Algumas companhias possuem traslado ida e volta do aeroporto que devem ser checadas no site. No nosso caso, compramos uma passagem Brasília-Santos pela Gol, que saía as 7 horas da manhã e contratamos o traslado paras as 10:30 horas pela empresa XL Viagens e Turismo no valor de R$110,00 por pessoa, não tivemos problemas pois a empresa foi super pontual. Não se esqueça ainda de verificar as opções de excursões e procure fazer as reservas antecipadamente. Se for comemorar alguma data há opções de pacotes comemorativos com flores, enfeites, champanhe e bolos.

Documentação: Os documentos pessoais exigidos para viagem dependem do roteiro escolhido: documento de identificação (identidade com data de emissão inferior a 10 anos) para países da América do Sul, passaporte válido, vistos consulares, comprovantes de vacina exigidas em certos países e etc, são de inteira responsabilidade dos hóspedes. De um modo geral, os passageiros devem preencher alguns formulários online, escolhendo a forma de pagar suas contas a bordo (cartão de crédito ou dinheiro). Esses formulários devem ser levados no dia do embarque, pois fazem parte do check in.
Solarium do navio
O que levar: Para o dia: shorts, camisetas, calças compridas, saias informais, blusas e vestidos, seja para ambientes internos ou externos. Para os dias ensolarados trajes de banho, saídas de praia, chapéus, óculos, protetor solar, uma pequena sacola para piscina. Para frequentar a academia de ginástica: shorts, camisetas, meias e um par de tênis. Para economizar espaço na mala, opte por camisas e calças ou saias que combinem entre si, formando três ou quatro conjunto. Use o sapato mais fino para o dia do embarque e desembarque, e leve na mala apenas sandália e tênis. Guarde um espaço para comprar lembrancinhas a bordo ou nos portos de escala. Para as noites: vestidos mais formais para mulheres e calça e camisa para homens; já para o jantar com o Capitão, traje esporte fino e terno (no nosso caso foram 3 jantares formais). Para os passeios em terra, que geralmente, incluem caminhadas, sugere-se o uso de calçado confortável, chapéu, protetor solar, às vezes repelentes, e se for mergulhar snorkel. Para entrada em igrejas ou templos pode ser necessário uma roupa mais conservadora, inclusive lenços para proteger os cabelos. Convém levar, ainda, uma capa de chuva e uma roupa de frio para emergências. No nosso caso, tivemos que combinar roupas de verão com roupas de inverno, pois a partir do sul da Argentina, a previsão era de temperaturas bem inferiores, abaixo de 10 graus.  

Bagagens: Lembre-se de identificar suas malas, no site são disponibilizadas etiquetas com o número do seu quarto, que deve ser afixada na parte superior da mala. Interessante levar para o primeiro dia do cruzeiro, uma bolsa com os documentos de viagem, uma troca de roupas, de preferência traje de banho, chinelos  e remédios que possam ser necessários. Dessa forma, você não terá que esperar sua bagagem chegar na cabine.

Excursões: No site da empresa, acesse para reservar as excursões que pretende fazer, escolha com atenção, verifique a dificuldade do passeio, o que levar  e o tempo, geralmente, os passeios mais interessantes se esgotam rapidamente. É possível fazer reservas no próprio navio, mas prepare-se para enfrentar uma fila imensa.

Nosso Roteiro:  
O cruzeiro escolhido foi de 14 dias, que relato a seguir:
Itinerário do Cruzeiro Rhapsody of the Seas

Data
Porto de Escala
Chegada
Partida
Atividade
14/02
São Paulo - Santos

5:00 pm
Embarque
15/02
Cruising


Navegando
16/02
Cruising


Navegando
17/02
Buenos Aires - Argentina­­­
7:45 am
7:00 pm
Atracado
18/02
Montevideu - Uruguai
8:00 am
5:00 pm
Atracado
19/02
Cruising


Navegando
20/02
Puerto Madryn - Argentina
8:00 am
5:00 pm
Atracado
21/02
Cruising


Navegando
22/02
Cabo Horn
5:00 pm
6:00 pm
Navegando
23/02
Ushuaia - Argentina
7:00 am
4:00 pm
Atracado
24/02
Punta Arenas
9:00 am
8:00 pm
Atracado
25/02
Estreito de Magalhães


Navegando
26/02
Fiordes Chilenos


Navegando
27/02
Cruising


Navegando
27/02
Valparaíso
5:00 am

Desembarque
 

Galeria Pacífico em Buenos Aires 
Buenos Aires (AR) - a Argentina foi colonizada pelos espanhóis, em 1536, mas com influências francesa e italianas, o que deu à capital argentina um ar europeu, com destaque para a arquitetura, os  animados cafés e livrarias ao estilo parisiense e os teatros de ópera. Terra de tango apaixonado e de excelentes churrascarias, em Buenos Aires, cada bairro tem seu charme com distintos pontos de interesses, prédios históricos, feiras de antiguidade, restaurantes da moda e boutiques de luxo. Não contratamos nenhuma excursão, pois já conhecíamos a cidade. Pegamos um táxi no porto (cerca de 20 dólares) e seguimos para a Calle Florida, tão conhecida dos brasileiros. Andamos bastante e fomos almoçar no  El Palácio de la Papa Frita, restaurante bem típico, comemos um delicioso bife ancho e depois seguimos para a Galeria Pacífico. Voltamos ao navio de táxi, pechinchando para conseguir o mesmo valor pago na vinda.
  
Área central de Montevidéu
Montevidéu (UR) - A capital uruguaia seduz pelas avenidas arborizadas, a vida cultural intensa e o bom futebol. A maioria dos locais históricos pode ser visitada em poucas horas. Os arredores revelam outros aspectos, a origem africana do Barrio Sur e a tradição judaica em diversos monumentos. Já no interior do país, as vinícolas comandam o turismo com a degustação de vinhos ou um rancho típico para provar um delicioso churrasco. Como em Buenos Aires, não contratamos excursão, pois, também já tínhamos visitado a cidade anteriormente. O porto fica bem perto do centro e seguimos a pé até os principais pontos turísticos, almoçamos na Cerveceria La Pasiva, na Avenida 18 de julho, uma das principais da cidade, retornamos ao navio.
Puerto Madryn

Puerto Madryn (AR) - Fundada em 1865, com a chegada de 150 imigrantes galeses a bordo do navio Mimosa, a cidade foi batizada com esse nome em homenagem ao Barão de Madryn, do País de Gales. Suas praias cheias de restaurantes, margeiam a Baía do Golfo Nuevo. A grande atração de Madryn, no entanto, é a Península Valdez, situada a 50 km, santuário natural de grande variedade de fauna marinha, como pinguins e focas. Não contratamos excursão em virtude do preço exorbitante das mesmos, a maioria era para visualizar animais como pinguins, focas e leões marinhos, interessantes, mas desistimos porque consideramos os preços exagerados, devido, principalmente a nosso câmbio em relação ao dólar. Como o navio colocou à disposição um traslado para a pequena cidade, pudemos passear a pé pelo centro, chegando à praia, nada excepcional. Fizemos um lanche e retornamos ao navio.
Colônia de Pinguins nos fiordes
Cabo Horn - é a extremidade mais ao sul da América do Sul, onde o Oceano Atlântico junta-se ao Pacífico. Durante séculos até a abertura do Canal do Panamá, este consistia na principal rota do comércio marítimo. As imponentes muralhas costeiras conferem ao Cabo Horn uma impressionante visão, ali, costumam-se avistar baleias ou até mesmo um pedaço de gelo desfazer-se na água. Infelizmente, devido ao mau tempo não foi possível visualizar o cabo Horn. O capitão alertou a todos sobre o desconforto que seria enfrentar ondas de até 9 metros e ventos de até 170 km/hora, bem como a questão da segurança dos passageiros e da tripulação. Mesmo ficando frustrados, tivemos que aceitar seus argumentos.


Passando frio em Ushuaia na Argentina

Ushuaia (AR) - Ushuaia é um portal de aventuras por excelência, rodeada por terreno montanhoso e incríveis glaciares, a capital da Terra del Fuego ressalta o lado explorador dos turistas. Apesar do clima rigoroso foi durante anos a pátria dos Yamanas e serviu de prisão até 1947, local que agora funciona um museu. Os principais passeios são a Martial Glacier que concede uma visão panorâmica incrível, o passeio pelo Canal de Beagle para avistar mais de perto leões marinhos e pinguins, e o Parque Nacional da Tierra del Fuego. Contratamos uma excursão pela Rodovia Panamericana, que incia no Alasca e da qual a Ruta N3 argentina faz parte, tem mais de 17.000km e termina em Ushuaia, no Parque Nacional Tierra del Fuego. O parque, inclusive, é ideal para fazer trilhas e apreciar paisagens, admirar lagos cristalinos e cenários de tirar o fôlego. O ônibus corta as montanhas e lindas paisagens vão surgindo, cenários cinematográficos, lagos como o Escondido e muito mais; para entender melhor a história desse curioso lugar, não perca uma visita ao Museu Marítimo e ao presídio. No meio do caminho uma parada para saborear um delicioso almoço com direito a churrasco de carneiro, uma delícia, já incluso no valor da excursão.

Plaza em Punta Arenas
Punta Arenas (CH) - situada perto da ponta sul da Patagônia Chilena, localizada na Península de Brunswick ao norte do Estreito de Magalhães, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, é usada como base para excursões para a Antártida. Foi originalmente criada como colônia penal, mas a partir dos anos 1800 consolidou-se como  local de comércio marítimo, com a chegada de imigrantes croatas e russos atraídos pela corrida do ouro e a criação de ovelhas. Apesar de termos contratado uma excursão, os locais visitados deixaram muito a desejar, primeiro uma parada no topo do Monte La Cruz, com linda vista panorâmica, de onde se veem a Terra do Fogo e o Estreito de Magalhães. Segunda parada, visitamos o Museu Maggiorino Borgatello, com mapas históricos, artesanatos e animais empalhados recriando a Caverna da Mão. Outro museu a céu aberto das principais construções locais, lembrando os pioneiros e suas conquistas agrícolas. E como última parada, a Plaza Muñoz Garnero, a maior da cidade, com um monumento dedicado ao explorador Fernão de Magalhães, com um pequeno comércio de artesanatos, o que foi interessante para comprarmos pequenas lembrancinhas.

Vista do Estreito de Magalhães
Estreito de Magalhães - canal que interliga os dois oceanos, entre o continente da América do sul e a Tierra del Fuego, situado dentro das águas territoriais chilenas. O seu porto mais importante é Punta Arenas, de onde embarcam a carne de carneiro chileno. O primeiro a circular por ali foi Fernão de Magalhães, em 1520,  navegador português que trabalhava para a Espanha. Apesar de ter um curso sinuoso entre inúmeras ilhas e canais e um clima frio, com nevoeiro, era uma importante rota de navegação de navios antes da construção do Canal do Panamá em 1914.



Passando pelos Fiordes Chilenos
Fiordes Chilenos - cenário de montanhas cobertas de neve e densas florestas, prolonga-se por 1600 kms de beleza natural. Ao longo do percurso pode-se encontrar uma abundante vida selvagem , focas, baleias, pinguins, albatrozes e outros.







Área Central de Valparaíso

Valparaíso (CH) - Valparaíso foi fundada em 1544 pelo espanhol Pedro de Valdívia. Atualmente possui cerca de 300 mil habitantes e é a Capital Legislativa da República do Chile. Uma de suas características mais marcantes é a geografia repleta de morros na beira do mar. Ao todo são 42 morros e colinas, que os chilenos chamam de cerros. A próxima parada foi a Plaza Sotomayor, a maior praça da cidade que possui diversas construções históricas. O que mais chama atenção na praça é o Monumento a los Héroes de Iquique, em homenagem aos mártires que participaram do Combate Naval de Iquique. Fomos ainda, visitar a única estátua Moai fora da Ilha de Páscoa e uma loja que vende ornamentos de lápis lazuli, a pedra nacional do Chile. Seguimos para Santiago.

Pátio Bellavista em Santiago
Santiago (CH) - Santiago é uma dessas metrópoles maravilhosas onde podemos desfrutar tanto o dia como a noite. No bairro de Bellavista, repleto de cafés e discotecas animadas, há opções para todos os gostos. A arquitetura diversificada começa na Igreja de São Francisco, do século XVI, e termina nos arrojados prédios de escritórios espelhados. Há ainda opções de passeios em vinícolas e em centros de esqui. Nos hospedamos no excelente Hotel Atton Las Condes , um 4 estrelas que já fazia parte do nosso pacote da viagem. Assim que fizemos o chek in fomos conhecer o Mall Parque Arauco, que possui uma parte ao ar livre muito interessante. No dia seguinte, pegamos o metrô e fomos visitar o Mercado Central ou Central Market, local interessante, sem muito luxo, mas onde é possível experimentar vários tipos de comida local. É tradicional ir ao local para comer a famosa Centolla, um enorme caranguejo de águas salgadas, mas salgado mesmo estava o preço, resolvemos, então almoçar no Restaurante El Galeon  e experimentar um prato a base de peixe, mas, infelizmente, dessa vez foi decepcionante. Após, fomos ao Pátio Bellavista e resolvemos visitar o La Chascona Casa Museo, a antiga residência de Pablo Neruda, mas infelizmente era segunda feira e não funcionava. Voltamos então para o hotel, já preparando as malas para o retorno ao Brasil. A viagem foi excelente e deixará saudades, mas quem sabe retornamos para conhecer o tal do Cabo Horn, que afinal de contas ficou só no nosso imaginário.  

Importante salientar que todas as fotos são de autoria própria e todos os direitos são reservados.